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A Educação de Niterói promoveu nesta quarta-feira (06) o II Colóquio de Atendimento Educacional Hospitalar de Niterói, com o tema “Por um fazer pedagógico inclusivo”. A iniciativa fez parte do calendário de programações do Mês da Educação, e teve como principal objetivo propor a experiência de um pensar pedagógico para a ação educativa em contextos não convencionais, além de abrir a discussão sobre uma temática fundamental, que é a inclusão de crianças e estudantes com doenças crônicas na escola.

O evento aconteceu na Cidade da Ordem Pública, no Barreto, e contou com a presença de profissionais da Rede Municipal, profissionais que atuam em ambiente hospitalar e domiciliar, além de estudantes de pedagogia. Na parte da manhã, a mesa de abertura falou sobre o Programa de Pedagogia Hospitalar, criado pela Secretaria Municipal de Educação de Niterói em 1996. Na sequência, os presentes dialogaram sobre a educação em contextos não convencionais, abordando os atendimentos educacionais hospitalares e domiciliares. Já na parte da tarde, foram feitas rodas de conversa sobre inclusão, com médicos especialistas, familiares e estudantes com doenças crônicas.

A Subsecretária de Desenvolvimento Educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Ana Schilke, foi a primeira professora do Programa de Pedagogia Hospitalar, e destacou que esta é uma forma de garantir o ensino e aprendizagem em situações de vulnerabilidade.

“Tivemos uma troca de experiências e eu vivi muito das histórias que foram contadas durante o evento. Importante lembrar que é necessário ter um comprometimento docente com a escuta ativa das crianças que estão no hospital. Também é preciso elaborar atividades que tenham singularidade, identificação com aquele espaço, que não é o espaço comum, da escola. A realidade do entorno deve sempre estar em discussão. E nós, como profissionais, nos desafiamos diariamente, para alcançar essas crianças, testando diferentes abordagens”, concluiu.

No município de Niterói, os hospitais de referência na Pedagogia Hospitalar são o Hospital Universitário Antônio Pedro, da UFF, e o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, conhecido popularmente como “Getulinho”. Além disso, o Programa também se constitui em espaço de formação de professores, estudos e pesquisas relacionadas ao campo de trabalho pedagógico em ambiente hospitalar e domiciliar. Isto permite o desenvolvimento da oferta de estágios, a produção de artigos, participação em congressos e em rodas de conversa.

A Vivian Padial, responsável pelo Programa de Pedagogia Hospitalar da SME, esteve presente no evento e criou dinâmicas entre os participantes do Colóquio abordando casos reais. A partir daí, professores e pedagogos puderam discutir e buscar soluções práticas para as situações.

“Ao dividir os participantes em grupos, o objetivo da dinâmica foi prospectar entre os profissionais qual a estratégia pedagógica eles utilizariam, em face aos problemas que são próprios de cada caso específico. Levando em consideração o contexto social da criança, o tempo disponível para o aprendizado, dentre outras condicionantes. Após este diálogo, reunimos novamente os grupos, cada grupo apresentou suas propostas e, a partir de então, iniciaram-se os debates”, pontuou Vivian, acrescentando que essa troca é enriquecedora para o desenvolvimento do programa.

A Ana Patrícia Bastos é professora no Getulinho e afirmou que é muito importante explicar como é feito o trabalho da Pedagogia Hospitalar: “Precisamos explicitar perante ao mundo da Educação o objetivo da Pedagogia Hospitalar, como ela funciona e quais são os desafios do nosso trabalho. Também é fundamental esclarecermos o conjunto de possibilidades de desenvolvimento pedagógico que o ambiente hospitalar pode oferecer aos seus pacientes”, finalizou.

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