Alunos do curso “Conhecendo Niterói: 450 anos de Muitas Histórias” realizaram na tarde desta terça-feira (24), uma visita técnica na Ilha da Boa Viagem, região litorânea da cidade. O local faz parte do patrimônio arquitetônico e histórico da cidade e é tombado pelo Instituto Históricos e Artístico Nacional (IPHAN).

Após vários anos fechada, a Ilha foi reaberta em setembro deste ano pela Prefeitura de Niterói, após a realização de obras de restauração. A visitação por moradores e turistas pode ser feita através de agendamento solicitado à Niterói, Empresa de Lazer e Turismo (NELTUR).

Orientados por guias turísticos, os alunos puderam conhecer as três construções que fazem parte da Ilha: A Capela Nossa Senhora da Boa Viagem, o Fortim e o Casarão, também conhecido como Castelo. Eles também visitaram a exposição “Boa Viagem: Uma Ilha Rodeada de Histórias” com fotos e objetos que registram a memória do local.

As edificações foram erguidas no período de 1650 a 1940. A primeira foi a Capela, onde os marinheiros agradeciam as viagens bem-sucedidas e pediam proteção para o restante das expedições. Destruída em 1711 pelos franceses, foi reconstruída em 1780 em estilo neoclássico.

Um outro local que chamou bastante a atenção dos alunos foi o Fortim, construção iniciada no ano de 1705. O local, pela visão privilegiada, fazia parte de um sistema de defesa formado pelas fortalezas construídas na entrada da Baía de Guanabara. Já o Casarão, inaugurado na década de 1940, funcionou como sede dos Escoteiros do Mar.

O curso “Conhecendo Niterói: 450 anos de Muitas Histórias” é uma realização da Secretaria Municipal de Educação, através da subsecretaria de Políticas Educacionais e Transversais, por meio do Centro de Memória da História e da Literatura Fluminense. O projeto conta com a parceria do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói (IHGN).

Ao final da programação, os alunos fizeram questão de elogiar a inclusão da Ilha da Boa Viagem no roteiro de lugares a serem visitados durante o curso e também elogiaram o processo de restauro e revitalização do local.

“É a nossa história sendo vista, contada e tocada. Fiquei emocionada ao ver a placa Gaviões do Mar porque os meus irmãos faziam parte do grupo de escoteiros. Parabéns para a prefeitura e também para a Neltur por fazer esse resgate tão bonito da nossa história”, afirmou a locutora Monika Venerábile, aluna do curso.

“Acho louvável a iniciativa do curso de promover esta visita técnica num dos locais importantes da nossa cidade. Quem mora aqui precisa dar valor a esse tesouro de informações históricas e ecológicas que existe aqui”, disse Cássio Garcez, guia ecológico e coordenador do grupo de caminhadas Ecoando.

Texto: Cesar Medeiros / Fotos: Cheila Pacetti